Não quer ter mais pelos? Conheça todos os métodos de depilação duradoura

Seja por questões estéticas ou por causa de alguma prática esportiva, a depilação se tornou parte da rotina de mulheres e de homens. Contudo, os procedimentos tradicionais nem sempre atendem às necessidades de todos, especialmente quando se trata das “manutenções” constantes e do tempo gasto para realizá-las.

Por causa disso, a lâmina, a “maquininha”, o creme depilatório, a cera morna e fria têm dado lugar à depilação duradoura, que promete resultados prolongados e pele lisinha por um bom tempo. Você sabe do que essa novidade se trata? Se não, fique tranquilo, porque preparamos este guia.

A seguir, você pode tirar as suas dúvidas sobre os métodos duradouros disponíveis no mercado. Confira:

A depilação com luz pulsada

Você provavelmente já ouviu falar que depilação a laser e depilação com luz pulsada são a mesma coisa. Acontece que essa é uma meia verdade. Nós explicamos o porquê disso: ambas agem da mesma maneira sobre os folículos pilosos, inibindo a produção de pelos — e daí costuma vir a comparação entre os métodos. Mas acontece que a luz pulsada atua de maneira diferente.

Ela reduz o folículo de maneira gradual por ter um comprimento diferenciado na sua onda luminosa. Essa característica acaba refletindo em outras questões. Por exemplo:

• torna o processo menos agressivo;
• faz da depilação algo mais cômodo, principalmente para quem tem a pele sensível e não gosta do desconforto causado pela opção anterior.

De qualquer forma, é importante ressaltar que esse processo não inibe totalmente a dor, apenas a torna mais suportável.

Por outro lado, a depilação com luz pulsada é um pouco mais demorada, exigindo um maior número de sessões quando comparada à aplicação de laser: em média, 2 ou 3 sessões a mais. Contudo, o preço cobrado é inferior, tornando a alternativa uma opção viável para o seu bolso.

Além disso, a fotodepilação, como também é chamada, acaba com o problema recorrente de pelos encravados e de foliculite (infecção causada por bactérias nos folículos pilosos, que deixam a pele inflamada e bastante irritada, especialmente no pós-depilatório).

Ela requer uma manutenção com mais frequência. Cerca de 4 meses depois da última sessão é necessário repetir o procedimento.

As limitações

As contraindicações desse método são poucas, excluindo apenas:

• mulheres grávidas ou lactantes;
• pessoas com histórico de câncer de pele ou de doenças neurológicas;
• portadores de diabetes tipo 1;
• e aqueles que fazem uso de medicamentos fotossensíveis.

Quanto às áreas do corpo que podem ser depiladas com luz pulsada é importante saber que ela cobre grandes regiões da cútis, não sendo usada apenas:

• nas pálpebras e nas regiões ao redor do olho;
• nas mucosas;
• no ânus;
• e na bolsa escrotal.

Os cuidados

Os cuidados que você deve ter antes de realizar a fotodepilação são evitar a exposição ao sol — que também deve continuar depois das aplicações — e não realizar nenhum outro procedimento depilatório.

Além disso, medicamentos dermatológicos devem ser interrompidos, no mínimo, 72 horas antes do tratamento. Caso a sua pele esteja irritada, avermelhada, com acne ou mesmo machucada, remarque a sessão para outro dia, preferencialmente na semana seguinte, pois o procedimento pode agravar a situação da sua cútis.

Depois das aplicações, é importante só tomar sol antes das 10h ou depois das 16h, sempre com o uso de protetor solar. Após as sessões, também é fundamental evitar maquiagem ou cosméticos que tenham na sua composição álcool, pois eles podem provocar a irritação da sua pele.

Corrida, malhação e exercícios físicos devem ser deixados de lado, no mínimo, por 48 horas depois da aplicação de luz pulsada. Isso porque essas atividades aumentam a temperatura corporal e podem causar desconforto das regiões depiladas.

A hidratação, por outro lado, é sempre bem-vinda. Dê preferência a produtos à base de aloe vera, que tem propriedades anti-inflamatórias, aplicando-os 2 vezes ao dia. Consumir bastante líquido, como água e chás gelados, são uma boa alternativa para garantir que o calor não incomode ou atrapalhe o seu tratamento, especialmente se você mora em regiões litorâneas, que são mais quentes.

Aproveite e também invista em um vestuário mais cômodo e confortável, com peças de algodão ou seda. Evite roupas muito apertadas, especialmente se a depilação foi em regiões íntimas.

No mercado, é possível encontrar à venda aparelhos caseiros que prometem depilar com a mesma eficiência de uma clínica especializada. No entanto, pesquise bastante antes de adquirir um desses modelos, pois a energia e a qualidade deles não garantem uma depilação 100% eficiente, sendo capazes até de estimular o crescimento dos fios!

A depilação a laser

Quem se incomoda com o crescimento dos pelos, independentemente da região, tende a se cansar dos outros métodos disponíveis no mercado e resolve partir para a depilação a laser.

Essa opção tem conquistado cada vez mais adeptos devido ao fato de que, depois de algumas sessões, praticamente 100% dos pelos terão sido removidos e só voltarão a crescer depois de um longo período. Esse tempo dura de alguns meses até 1 ano.

Mas você sabe como o laser age sobre os fios? O método funciona porque a sua energia liberada em forma de luz penetra a cútis, chegando até o folículo do pelo e sendo captada pela melanina (proteína que está presente tanto na nossa pele quanto na haste do fio, determinando a coloração de ambos).

A energia produz um calor tão intenso que destrói o folículo piloso, inibindo-o de produzir novos fios. Porém, aqueles que não são eliminados tendem a crescer mais lentamente, com a coloração mais clara, com a espessura mais fina e com pouca resistência, tornando-se muito quebradiços.

As manchas e as queimaduras

Muitas pessoas costumam ter dúvidas recorrentes quando se fala em depilação a laser, pois temem o risco de manchas e de queimaduras, já que a energia térmica atua sobre a melanina, e aqueles com pele morena ou negra possuem maior quantidade dela.

De fato, proteína da pele pode se confundir com a do pelo, provocando o escurecimento da região depilada. Porém, isso é facilmente controlado nos aparelhos mais modernos, pois eles apresentam mecanismos de regulamento e controle da emissão de luz, que deve ser mais baixas nesses casos.

A dor

Outro receios quanto ao método diz respeito à dor, afinal, muita gente tem a pele mais sensível e deseja um procedimento rápido e, preferencialmente, sem desconforto Contudo, a aplicação do laser causa, sim, um certo incômodo.

A cada disparo, você sentirá, na área que estiver sendo depilada, uma ardência ou queimação. Porém, não se assuste, pois a intensidade varia de pessoa para pessoa. E, se você já é acostumado a se depilar com cera, certamente sentirá bem menos o desconforto.

Fatores como o nível de estresse, ansiedade ou mesmo o período menstrual, no caso das mulheres, podem aumentar ou diminuir a sensibilidade. Peles mais finas e delicadas também podem sofrer mais com o incômodo momentâneo.

Em áreas como o buço, a virilha e as egiões íntimas, e em partes mais escuras do corpo, os profissionais costumam aplicar:

• soluções anestésicas;
• criogênio em spray;
• gelo em forma de rolos.

Eles podem, ainda, usar equipamentos de crioterapia para tornar as sessões menos doloridas e mais confortáveis.

As sessões

A média mínima costuma ser de 6 sessões, segundo a Sociedade Brasileira de Laser. Mas a quantidade ideal para você dependerá do seu tipo de pele e da resposta pós-depilação. Isso porque, ao contrário do que muita gente pensa, a quantidade de pelo não interfere no total de aplicações, pois o fio só é verdadeiramente destruído durante a sua fase de crescimento. Sendo assim, as sessões são realizadas em períodos mínimos de 30 dias.

Após a 1ª sessão, é comum a região ficar avermelhada e aquecida, podendo escurecer um pouco e até criar pequenas crostinhas similares às que aparecem em queimaduras por exposição ao sol. Mas não se preocupe, porque elas desaparecem em questão de dias.

Os cuidados

Os cuidados necessários antes das aplicações se resumem a evitar o excesso de sol, pois os raios solares afetam o tratamento. Também não é indicado usar maquiagem, bronzeadores ou descolorantes de pelo, pois alguns produtos com esse propósito podem afetar a ação do laser.

Quanto ao depois, procure não tomar banho com água quente e use gel hidratante na área depilada. Além disso, lugares muito quentes e que possam provocar transpiração intensa devem ser evitados, pois podem intensificar os sintomas de ardência ou de queimação na pele.

Outra dica importante é evitar outros métodos depilatórios tanto antes quanto durante o tratamento, como as ceras morna e fria, eletrólise ou pinça, pois elas podem afetar o resultado das aplicações de laser, uma vez que também atuam na raiz do pelo. É recomendado o uso de lâminas ou de cremes depilatórios, que agem apenas na haste do fio e não terão implicações posteriores.

Apesar de a depilação a laser ser um método caro, o seu custo-benefício acaba sendo bastante positivo, já que o processo é bastante eficiente e com ótimos resultados. A sensação de pele lisinha é indescritível! Porém, não se esqueça de que ela não dura para sempre.

A necessidade de manutenção existe, mesmo que em menor grau do que os métodos mais tradicionais usados no dia a dia. O ideal é que você faça visitas anuais ao profissional responsável para eliminar aqueles pelos mais teimosos que insistem em surgir, provenientes de folículos que ainda estão se desenvolvendo.

 A depilação elétrica (eletrólise)

Outra alternativa de depilação duradoura que tem crescido nos últimos anos é a elétrica, também conhecida como eletrólise. A técnica funciona da seguinte maneira: a partir da aplicação de agulhas pequenas e extremamente finas sob a pele, ocorre a transmissão de corrente elétrica. Essa energia provoca a destruição dos folículos pilosos e, consecutivamente, o retardamento no crescimento dos pelos.

Contudo, antes da remoção dos fios, é necessário que você se submeta a uma avaliação dermatológica para garantir que a sua pele pode receber o procedimento sem ficar comprometida durante o processo.

Ao todo, existem 3 tipos de eletrólise:

• termólise;
• galvânica;
• e mista.

A termólise

Na 1ª, a corrente elétrica alterna entre altas frequências e ondas curtas para destruir os pelos. Ela estimula pequenas moléculas de água dentro da cútis, fazendo com que seja produzido calor e, consecutivamente, a destruição dos fios internamente.

A galvânica

No 2º tipo, o mais antigo de todos, não é a eletricidade que elimina os fios, mas sim o produto de uma reação química produzida pelo aparelho. Quando aplicado na pele, o sal e a água sofrem modificações para gerarem hidróxido de sódio, componente químico conhecido como lixívia.

Você provavelmente deve estar achando o nome familiar, mas não está associando ao quê, não é verdade? Ele está presente na água sanitária que usamos na rotina das nossas casas. E, uma vez em contato com os pelos, a lixívia os extingue, dissolvendo-os.

A mista

Na eletrólise mista, ocorre uma mistura de corrente elétrica com térmica na pele que atuam no folículo piloso inibindo-o. O procedimento tem custo médio e pode provocar uma sensação de desconforto durante a aplicação causado não pelas agulhas, mas pela eletricidade.

Caso você seja muito sensível à dor, é possível que o profissional aplique um gel anestésico. No período pós-depilatório, é comum sentir ardência e prurido na região depilada.

As sessões

A depilação elétrica também ocorre em sessões. Porém, diferentemente das demais, o tempo necessário demandado pode ser mais longo do que o esperado, visto que ele é feito área por área. Apesar disso, ele pode ser realizado em qualquer tipo de pelo, com qualquer tipo de fio.

Os cuidados

Antes, durante e depois do tratamento com eletrólise, é fundamental evitar a exposição solar e o uso de maquiagem. Se possível, passe a lavar a região com sabonete antisséptico e use gel cicatrizante e hidrantes.

Assim como ocorre na depilação com luz pulsada, há máquina vendidas no mercado que afirmam dar os mesmos resultados daqueles obtidos em uma clínica especializada.

Porém é preciso ficar atento, pois a necessidade de um profissional acompanhando e realizando o procedimento é fundamental para que ocorra tudo conforme o desejado e não ocorra efeitos colaterais, como:

• infecções cutâneas;
• crostas;
• ressecamento;
• pelos encravados;
• inchaço;
• bolhas;
• ou vermelhidão, especialmente em áreas mais complicadas e delicadas como queixo e sobrancelhas.

O laser Diodo Soprano

O laser Diodo Soprano é uma alternativa para quem deseja remover os pelos aplicando laser, mas sem optar pela luz pulsada. Nesse método, é emitido pulsos com picos baixos de energia, porém, com alta potência e variações contínuas. Isso permite uma depilação mais efetiva, homogênea e quase indolor.

A sua ação é similar ao processo depilatório com laser, pois libera energia térmica que destrói o folículo piloso e, com o tempo, faz com que os fios se tornem mais claros, finos e quebradiços.

As sessões

A duração da sessão pode ser de alguns minutos e chegar até a algumas horas, dependendo da região a ser tratada. O intervalo entre as sessões pode variar entre 1 mês e 1,5 mês.

A manutenção é necessária para garantir que os pelos não sejam mais problemas e pode ser realizada de 6 em 6 meses.

Os cuidados

O ideal é que, antes do método, você não se depile e deixe a região com os pelos naturais para que o profissional possa ver e avaliar a quantidade e a textura dos fios. Assim, ele vai chegar à quantidade de aplicações necessária para o seu caso.

O uso do laser Diodo Soprano possui poucas contraindicações, sendo as principais:

• mulheres gestantes e lactantes;
• pessoas com lesões na pele;
• portadores de lúpus, colagenoses, vitiligo e demais doenças fotoestimuláveis.

Os cuidados necessários são os mesmo da depilação a laser, sendo necessário apenas reaplicar o filtro solar indicado para a sua cútis a cada 3 horas.

O tratamento tem uma ótima eficácia, especialmente a médio e longo prazos, mas não garante o fim absoluto dos fios. Portanto, é essencial que ela seja mantida semestralmente caso não queira que os seus pelos voltem, mesmo que mais delicados e claros.

A depilação duradoura

Os métodos de depilação duradoura são excelentes opções para quem deseja se livrar daqueles pelos indesejados e para aquelas pessoas que não querem perder muito tempo da sua rotina (que já é bastante corrida!) com as limitações dos procedimentos tradicionais.

Contudo, é importante ter em mente que nenhuma depilação elimina os fios para todo o sempre. Mesmo nos casos que listamos aqui, é possível ver que haverá, sim, uma manutenção — se não mensal, semestral ou anual para aqueles pelos que insistem em surgir.

Mas, uma vez adotada uma técnica de sua preferência, os fios se tornaram cada vez mais claros e finos. E isso vai facilitar os processos futuros, sobretudo financeiramente, com a diminuição do número de sessões. Portanto, aproveite o nosso guia e faça a melhor escolha para o seu caso!

Se você gostou de saber mais sobre o assunto e deseja ficar por dentro não apenas das alternativas de depilação duradoura mas também de outras dicas para o cuidado com a sua pele, assine já a nossa newsletter!